O pensamento suicida pode afetar qualquer pessoa, em diferentes idades, assim, conhecer sobre o assunto e entender como identificar possíveis sinais em si ou em amigos ou entes queridos é o primeiro passo para a prevenção, que é possível, sim!
Por isso, criamos esta seção em nosso site, de maneira a informar e, consequentemente, alertar e apoiar à prevenção ao suicídio.
Todos os meses são da cor amarela

Setembro é o mês escolhido para a campanha nacional de prevenção ao suicídio: o Setembro Amarelo. Criado em 2015, é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida, do Conselho Federal de Medicina e da Associação Brasileira de Psiquiatria.
No entanto, é um tema que deve ser lembrado todos os meses dada sua importância para a saúde pública.
Assim, realizamos em outubro de 2019 em nossa casa uma palestra sobre o assunto com o convidado Walter Fajardo. Fajardo é membro do GPS – Grupo de Prevenção ao Suicídio, psicanalista, teólogo e mestre em educação. (Veja fotos da palestra na Galeria).
A seguir, vamos dar algumas informações e dados sobre o assunto, baseados nas informações ouvidas na palestra de Fajardo, além de dados do Ministério da Saúde.
Falar sobre o assunto ajuda quem precisa
Os números são alarmantes.
No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde (de 2016), há 31 casos de suicídio por dia e, infelizmente, esse número tende a aumentar, seguindo a tendência dos últimos anos.
No mundo, a cada 40 segundos uma pessoa se suicida, e a cada 3 segundos alguém faz uma tentativa.
Um segundo faz a diferença para uma pessoa que tenta se suicidar, por isso estar atentos aos sinais é muito importante.
Não tornemos este tema um tabu, falemos sobre isso com filhos, amigos. Falar sobre o assunto ajuda a despertar os alertas e, assim, podemos ajudar alguém.
A pessoa que está com angústias, tristezas, passando por momentos difíceis, às vezes não vê luz no fim do túnel, não percebe que é um momento passageiro. Por isso, ela precisa de alguém que a ouça.
Não reduza a importância dos sentimentos de outrem, esteja disposto a ouvir, pergunte, saiba mais o que ela sente. Indique ajuda profissional, e a acompanhe. Alerte parentes no caso de amigos.
Nunca deixe sozinha uma pessoa que mostra sinais e tendência ao suicídio.
Vamos ficar atentos aos sinais para ajudar na prevenção ao suicídio?
- Fatores de risco: álcool; perda de emprego; crises políticas e econômicas; discriminação por orientação sexual e identidade de gênero; bullying; mudança de hábitos de sono e de alimentação; isolamento de família e amigos; queda no rendimento escolar; cobrir partes do corpo, como na escola, usando casaco quando está muito calor; parar esportes por vergonha do corpo; idosos que vivem só, especialmente homens; diminuição ou ausência de autocuidado; conflitos familiares; depressão profunda; perda de um ente querido; doenças crônicas. (Não são esses fatores determinantes, mas devem ser observados, especialmente se associados a outros fatores.)
- Sinais de alerta: autoagressão (com mutilar partes do corpo); frases como: “vou desaparecer”, “vou deixar vocês em paz”, “atrapalho a vida de vocês”, “queria dormir e não mais acordar”, “é inútil fazer algo”, “quero morrer”, entre outras.

Como ajudar e prevenir?
- Ensine a prevenção na escola, no clube, no condomínio, e promova a vida, a alegria de viver.
- Faça a pessoa conversar, e esteja disposto a escutar e compreender seus sentimentos.
- Mostre à pessoa que ela não está sozinha.
- Seja contra qualquer tipo de violência, discriminação, proteja quem está vulnerável a essas falas.
- Encaminhe a entidades de vigilância, como GPS – Grupo de Prevenção ao Suicídio, ou para ajuda psicológica.
- Dê atenção a amigos e familiares, em especial a crianças (que estão em sua formação), a jovens (que sofrem com o bullying na escola), a idosos que sentem a solidão e falta de perspectiva na vida.
O que fazer quando a pessoa tenta ou está em risco?
No caso de pessoas em risco imediato, como mutilações, ou as que estão para tentar ou tentaram o suicídio, você pode:
- chamar o resgate de convênio médico, ou o SAMU (192)
- pedir ajuda ao CVV – Centro de Valorização da Vida (188)
- ou levar a pessoa a um hospital (procure sempre ir acompanhado, com uma testemunha, evite ir só com a pessoa) mesmo contra a vontade dela, pois nessas horas ela não está em equilíbrio para resolver.
Quer saber mais sobre o assunto?
Recomendamentos que conheçam o GPS – Grupo de Prevenção ao Suicídio, que busca compreender para ajudar a evitar casos e a conscientizar (do qual Fajardo é membro).
- Acessem o site do Ministério da Saúde, além de informações, tem orientações a pessoas próximas e profissionais: http://saude.gov.br/saude-de-a-z/suicidio
- Conheçam o CVV – Centro de Valorização da Vida, que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, email, chat e voip 24 horas todos os dias (número 188 / www.cvv.org.br).
Quer saber mais segundo a visão do espiritismo?
-
Leia “Memórias de um Suicida” de autoria de Camilo Castelo Branco, sob o pseudônimo Camilo Cândido Botelho, com psicografia de Yvonne A. Pereira, um clássico da literatura espírita.
-
Algumas vezes, o suicídio é associado à depressão. Conheça a visão do espiritismo sobre o assunto nesta matéria de nosso site: Depressão: aspectos físicos e espirituais